A Economia
do Futuro é circular




O aumento do consumo global é a maior preocupação quando o assunto é sustentabilidade, pois o consumismo é derivado do extrativismo. Segundo o Banco Mundial, a perspectiva é que em 2050 a população mundial seja de 9,6 bilhões de pessoas, e para manter o estilo de vida atual, seriam necessários, por ano, ter recursos naturais de 3 planetas.

Para mudar essa perspectiva, foi pensado uma adaptação dos hábitos, seguindo a ideia de Lavoisier, que diz: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. O ser humano precisaria adotar uma economia de consumo circular, e não mais linear como vem sendo utilizada.

A economia linear já foi provada como sendo inviável, pois causa o esgotamento dos recursos finitos do meio ambiente e uma enorme geração de resíduos. Ela é baseada numa sociedade que extrai matéria prima, transforma, consome e descarta, sem o pensamento de reutilização do produto em outras vertentes.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a economia linear que vivemos hoje, faz com que o Brasil produza uma média de 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano.

A ideologia da Economia Circular vai muito além do descarte correto de cada material. Ela se baseia na regra dos 5 Rs. Refletir, reduzir, reutilizar, reciclar e recusar.

A economia circular é pensada na vida útil e funcionalidade de cada produto, podendo oferecer serviços ao invés de produtos, entre outras formas de empreender dentro dessa ideia.

Podemos encontrar alguns modelos de negócios que vão além da reciclagem dos materiais. Modelos de negócios que são formulados com a ideia de oferecer serviços e não mais produto, por exemplo, uma empresa que aluga malas para viagem, fazendo com que consumidores não precisem mais adquirir cada um uma mala. Com isso, a empresa se torna responsável pelo ciclo de vida do produto, sendo responsável em atualizar seu portfólio e ao mesmo tempo fazer a logística reversa das malas.

Os hábitos são moldáveis, o que facilita o empreendedor apostar na mudança e valorizar a preservação de bens naturais. A IBM divulgou um estudo que mostra a intenção de consumidores em adquirir produtos sustentáveis, segundo a pesquisa, os consumidores estão dispostos a pagar 35% mais caro em produtos sustentáveis.

Essa forma de economia circular se mostra mais necessária e urgente, e cabem aos empreendedores pensarem em soluções sustentáveis e aos consumidores a cobrança e adoção desses novos produtos.



Voltar