Enviar uma mensagem e manter essa informação segura sempre foi uma preocupação da humanidade. O escritor Caio Suetónio publicou em 121 D.C o livro “Vida dos Doze Césares”, e uma das informações sobre o imperador romano Júlio César, publicada no livro, foi a da utilização de codificação sobre a mensagem que mandava para seus generais. Hoje em dia, esse método é conhecido como Cifra de César, e é a técnica mais simples e fácil para criptografar uma mensagem.
A Cifra de César funciona da seguinte forma: ela é uma cifra de substituição, onde cada letra do texto será substituída por outra, essa substituição será por uma letra algumas posições a frente da utilizada, e esse número da posição só quem tinha, eram os receptores e emissores da mensagem, pois a posição era a chave para decodificar a mensagem.
Assim como a Cifra de César, outras técnicas de codificação surgiram ao longo dos anos, como por exemplo a Cifra de Vigenère, que dificultava um pouco mais o método de César; A máquina Enigma, utilizada pelos alemães nazistas durante a Segunda Guerra Mundial; e a Cifra Bifid, que utilizava de cruzamentos de letras e números para embaralhar o texto entre outras.
Hoje em dia, continuamos precisando guardar nossas informações. Quem nunca percebeu, por exemplo, a mensagem no aplicativo whatsapp que diz:
A técnica de criptografia ponta a ponta faz com que apenas o receptor e o emissor consigam acessar a mensagem através da mesma chave assimétrica. Nem mesmo a empresa do aplicativo, governo ou hackers podem acessar a informação, a menos que, possuam acesso ao aparelho com a mensagem, o que pode acontecer através do acesso físico do aparelho, ou de software de espionagem que possa ser instalado no aparelho. Esse método é utilizado por vários aplicativos e softwares de comunicação como o próprio Whatsapp, Telegram, Skype e Microsoft Outlook. Enfim, a criptografia está presente no nosso dia a dia.
As duas formas de criptografia existentes hoje são as simétricas e as assimétricas. As criptografias simétricas são as mais fáceis de serem decifradas, elas possuem uma mesma chave que serve para codificar e decodificar a mensagem. Por exemplo, se você codificar uma mensagem com a Cifra de César, a chave para codificar será, modificar a letra atual por uma letra 4 posições a frente, e para decodificar, você faz o método inverso, ou seja, a mesma técnica. Esse método não é recomendado e nem mais utilizado, pois se tornou provável e de rápida resolução, existem outros métodos de criptografia simétrica mais seguros.
Quando uma mensagem possui uma criptografia assimétrica, ela cria duas chaves, a primeira é chamada de chave pública, e é utilizada para criptografar a mensagem, e a segunda chave é chamada de privada, que é utilizada para decodificar a mensagem. Por exemplo, Maria criou uma conta de e-mail, e ela precisa receber um e-mail do seu contador, o contador de Maria mandará um e-mail para sua chave pública, que é o seu e-mail, que todos podem ter acesso, mas para acessar aquela mensagem, Maria precisa entrar no seu e-mail, e para isso ela precisa da senha, o que pode ser nesse caso, sua chave privada. Ou seja, você saber qual o e-mail da Maria (Chave Pública) não te dá acesso ao conteúdo da mensagem, pois você precisa da senha do e-mail (Chave Privada).
Criptografar uma informação ficou mais fácil hoje em dia com vários algoritmos de criptografia disponíveis no mercado. Eles são usados para transformar os dados em texto cifrado. A complexidade e o tamanho das chaves de criptografia são medidas em bits.
O bit é uma sequência de número formada por 0 e/ou 1, oito 0 e/ou 1 dão origem a 1 byte. Ou seja, uma chave de 1 bit terá oito números e uma chave de 8 bits, possui uma combinação diferente de até 256 de 0 e 1.
Para cada objetivo existe um algoritmo diferente para a realização da criptografia, os mais conhecidos no mercado da informática são:
DES - Essa técnica é uma das primeiras criptografias utilizadas digitalmente. Ela é considerada básica com poucos bits (cerca de 56 bits). São realizados 16 ciclos de codificação para proteger uma informação. Esse método pode ser decifrado sem ajuda de computador, por isso, não é mais seguro.
3DES - Criado para substituir o método anterior, ele recebe esse nome pois passa pelo mesmo processo três vezes, o que acaba gerando uma chave de 112 bits.
AES - Esse algoritmo é o padrão dos EUA e de várias outras organizações. Ele possui 128 bits, mas também é possível usar chaves de 192 e 256 Bits. Esse método é amplamente considerado imune a todos os ataques, exceto aos ataque de força bruta, porém, esse feito é imensamente difícil na atualidade.
Camellia - Esse método é de 2000 e criptografa em blocos de informação. Uma segurança semelhante ao AES na questão dos Bits. Ele pode ser instalado em softwares ou hardwares.
RSA - Foi um dos primeiros em relação da criação da chave pública, e é considerado um dos algoritmos mais seguros do mercado. Ele foi o primeiro a possibilitar a criptografia na assinatura digital. Essa tecnologia está aplicada nos envios de e-mails, compras on-line, assinaturas digital entre outras atividades corriqueiras.
Possuir criptografia digital foi a forma que estudiosos e empresas conseguiram para preservar a segurança de dados e transações. Se assegurar que seu programa, site, aplicativo ou qualquer outra ferramenta virtual que você utiliza em seu negócio, tenha métodos seguros de criptografia, é estar seguro em alguns aspectos, porém, a segurança digital está sempre em constante evolução, e fórmulas, softwares e técnicas novas surgem a cada dia.
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